Como o varejo deve tratar o consumidor 60+?

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No final deste ano, teremos 1,9 milhão de pessoas acima de 60 anos no Rio Grande do Sul, representando 17% da população gaúcha. Daqui a 10 anos, essa porcentagem deve subir 10%. A transformação do perfil médio dos brasileiros, não apenas dos gaúchos, já começou. No ano que vem, por exemplo, pela primeira vez na história haverá mais mulheres de 60-65 anos do que de 0-4 anos.

Você já parou para se perguntar o que isso significa? Uma palavra: adaptação!

Tudo o que sabemos a respeito de consumo e estratégias de marca está mudando. E, por mais que os números mostrem esse crescimento, a chamada terceira idade ativa (dos 60 aos 79 anos) é o grupo menos estudado quando se fala de comportamentos de compra.

No entanto, os lojistas que não estiverem prontos para atendê-los vão perder grandes oportunidades de mercado. É preciso adaptar-se.

Um ponto interessante desse grupo é que os gastos que eles têm são com eles mesmos. Na maioria dos casos, os filhos já estão independentes, a formação já está concluída e a casa, quitada. Ou seja: o dinheiro é investido em si próprio.

Mas não pense que quando falamos em adaptação estamos falando de colocar um banco na loja para que eles se sentem quando se sentirem cansados. Os novos 60+ odeiam serem vistos e tratados como frágeis. Outro erro, que não deve ser cometido, é infantilizar o tratamento.

Lojista: trate-o como qualquer outro cliente disposto a comprar. O consumidor com mais de 60 anos é igual ao consumidor mais jovem, faz tudo o que as outras gerações fazem (inclusive tem presença online), apenas apresentando algumas mudanças físicas e sensoriais sutis.

Algumas dicas básicas para atender este público: evite ambientes com muitos ruídos e distrações, olhe nos olhos e repita pontos importantes, escute-os, aprenda o que eles querem (evite monólogos) e fale sem gritar, pausadamente, sem ser lento.

As marcas precisam implantar a cultura do Aging in Market, conceito criado por Martin Henkel. Ele é um dos que acredita que discutir o tema da população com mais de 60 anos é extremamente importante para a cidade. Henkel, que é especialista neste público e proprietário da empresa Senior Lab, diz que a população acima dos 60 anos é muito significativa para a economia, principalmente porque 22% dos lares brasileiros atuais têm como principal renda (ou única renda) pessoas acima dos 65. “É um tema latente. Precisamos preparar os negócios para atender a população 65+”, explica Henkel. “Nós estamos vivendo mais, estamos usufruindo mais do mercado, da cidade, do trânsito e dos serviços e precisamos preparar melhor tudo isso para atender essa população. Com isso, todos vão ganhar”.

Henkel juntou-se à CDL no projeto “Melhora Caxias. Sua experiência ajudando a construir uma Caxias do Sul melhor” que quer ouvir as ideias de quem tem experiência e vivência de mais de 55 anos para melhorar a nossa cidade. Conheça o projeto clicando aqui.

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