7 dicas para sair do endividamento

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Pôr a cabeça no travesseiro com a tranquilidade de não ter dívida alguma. Esse é um privilégio de apenas 41,4% dos brasileiros, conforme a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) de junho,  realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). O percentual considera quem, neste mês, respondeu ter ao menos uma dívida – normal, certo? O problema maior está em outros dados da pesquisa: 23,7% estão em atraso (a média é de 63,6 dias); 13,2 % declararam estar muito endividados; e 20,2% têm pelo menos a metade do salário comprometido com o pagamento de dívidas.

É para todos esses 58,6%, com menor ou maior tamanho de dívida, que separamos dicas importantes para sair do endividamento e recuperar o “bom sono” o quanto antes possível.

1.NÃO NEGUE

“Devo, não nego, pago quando puder”. Não negar é a principal dica desse ditado. Reconhecer o endividamento significa, nessa ordem, saber exatamente o quanto deve e para quem deve; perceber se suas contas atuais – e seu estilo de vida – cabem nos seus rendimentos mensais; entender o que é fundamental e o que pode ser cortado, que é o próximo passo.

2. FECHE A TORNEIRA

Antes de decidir “o que pagar primeiro”, é preciso decidir em que você vai parar de gastar dinheiro, pelo menos até que se estabilize. Em qualquer orçamento familiar há margem para cortes.

3. PAGUE COM INTELIGÊNCIA

“Não há dinheiro suficiente para pagar todo mundo”, essa é uma conclusão comum de quem cumpre a dica n°1, e, muitas vezes, acaba virando um “então não pago ninguém”, o principal motivo da bola de neve. Pense que dívidas geram dívidas: portanto, pague antes as que crescem mais. Organize suas dívidas em uma lista em ordem de valores e em ordem de juros. A sequência de pagamentos mais inteligente é matematicamente óbvia. Entenda que “os que estão cobrando mais”, “os mais próximos”, “os que eu mais preciso” não vão, necessariamente, ser os primeiros.

4. NEGOCIE

Cumprir à risca a dica um – saber o quanto deve e comparar com o quanto ganha – vai ajudar você a conversar com os credores com uma proposta em mãos. Essa é a esperada parte do “pago quando puder”, mas lembre-se: se você espera que o credor seja justo com você, seja justo com o credor. O quanto você pode pagar é o que sobra além das suas despesas inevitáveis, e não o quanto sobra  sem você cortar nada dos gastos. Compareça com a sua proposta justa em mãos. Ela pode ser recusada? Claro que sim. Mas, em geral, quem cobra costuma ser receptivo a propostas justas de quem está realmente interessado em pagar.

5. NÃO SUBSTITUA UMA DÍVIDA PELA OUTRA

Estar endividado prejudica o discernimento sobre as finanças. Um dos principais problemas das pessoas gravemente endividadas é, por pressão – do credor e de si mesmas – fazer empréstimos (ou usar o cheque especial) para pagar dívidas. Em geral, acabam por trocar uma dívida de crescimento administrável por outra muito mais difícil de se livrar.

6. EVITE RECAÍDAS

Por maior que seja a dívida, começar a sair dela dá um grande alívio. Porque dívidas negociadas diminuem as cobranças; economia doméstica diminui as contas; dinheiro bem investido faz o salário parecer maior… Aproveite a saída do sufoco, mas deixe esse alívio se transformar em novas dívidas. Mantenha a meta de corte de gastos e, principalmente, cumpra suas negociações em dia.

7. UMA NAVALHA

O cartão de crédito tem a ver com todas as outras dicas, mas merece esse tópico especial. É culpa dele o endividamento de 76,3% dos entrevistados na pesquisa que citamos no início desse texto. Voltaremos a falar sobre o cartão, com maior abrangência. Por ora, guarde isso, especialmente se estiver endividado: evite parcelar, prefira o cartão para compras mais altas, fique de olho nos gastos, jamais pague o mínimo da fatura, não use mais de um cartão… Muita coisa para administrar, além das dívidas? Cancelar o cartão é uma boa opção.

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