Cada consumidor deve investir R$ 1,2 mil na Black Friday, segundo pesquisa da CDL Caxias

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Dezoito por cento a mais de caxienses devem ir às compras na data, com incremento de 16,3% no tíquete médio. Metade dos entrevistados já decidiu suas escolhas e procuram a melhor oferta. Os produtos mais desejados são móveis e eletrodomésticos, eletroeletrônicos e vestuário.

Aguardada por boa parte da população, a última sexta-feira de novembro reserva bons descontos para os consumidores. Diante de uma data que tem ganhado cada vez mais adesão do público e de lojistas, a CDL Caxias do Sul promoveu pela sexta vez uma pesquisa prévia para a Black Friday, que neste ano cai no dia 24. A projeção é de que haja um aumento de 17,7% na intenção de compras dos caxienses e de 16,3% no tíquete médio, em comparação a data de 2022. Os consumidores devem adquirir R$ 1.272,01 em produtos.

Como principais bens de desejos, o destaque fica por conta dos móveis e eletrodomésticos (22,9%), seguidos por eletroeletrônicos (22,1%) e vestuário (15,2%).

Do total de entrevistados, 65,6% estão com a expectativa definida como “média” por ofertas interessantes, enquanto 14,9% possuem um “alto” anseio pelas promoções. O desejo de adquirir um produto novo ou melhor do que já possui foi apontado por 34,3% dos moradores, o que demonstra propensão a um gasto maior.

Mais da metade das pessoas ouvidas pela pesquisa (50,5%) pretende gastar mais e, dessas, 28,6% revelaram que se os artigos estão com descontos que valem a pena, estão dispostos a gastar mais, enquanto 27,3% afirmaram que as mercadorias que querem comprar são mais caras. Outros 18,2% mencionaram que têm mais itens para adquirir e 15% afirmaram que economizaram ao longo do ano para investir na Black Friday.

Em função da tendência de compra de objetos com valor maior, o cartão de crédito, pela facilidade de parcelamento, foi eleito como principal meio de pagamento por 35,6%. No entanto, o desembolso por meio do PIX vem crescendo, devido a descontos atrativos. A forma de pagamento passou de 8,1% em 2022 para 19,7% em 2023.

Com base nos dados, Carlos Alberto Cervieri, gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias, aponta a expectativa da entidade para um resultado positivo para a data, especialmente pela metade dos ouvintes terem afirmado que querem gastar mais.

“A Black Friday vem se concretizando no calendário do varejo, em um período que antecede o final do ano. Vale a pena o lojista investir em vitrines atrativas, equipes de vendas e estoques. Também é uma boa oportunidade para liquidar os itens que tiveram menos saída durante o ano e se preparar para as vendas de verão”, observa.

Monitoramento de preços

Neste ano, o estudo da CDL Caxias mostra que mais de 90% dos moradores da cidade revelaram que averiguam produtos e preços antes de comprar. Desses, 80,9% já estão monitorando os preços e 19,1% começariam a acompanhar nas proximidades da data.

Os canais direto das lojas foram indicados por 32,5% como os mais utilizados para pesquisar ou para receber informações. Na sequência vem os sites de buscas (24,2%) e dos próprios estabelecimentos (18,8%). A sondagem no Instagram foi apontada por 10,5%, o dobro em relação ao ano passado. Em compensação, houve queda em buscas por meio do Facebook e cartazes e folhetos.

A pesquisa da entidade ainda registou redução de quem disse que iria deixar para a véspera ou no dia para pesquisar os produtos e preços (10%) e aumento nos índices de quem acompanharia os valores 15 dias antes (32,1%) ou na semana da data (28,7%).

O gerente Administrativo Financeiro da CDL Caxias avalia que a maneira como o consumidor se informa vem mudando e, diante disso, o lojista precisa estar atento para acompanhar as transformações.

“As pessoas estão pesquisando mais e se preparando para a data, o que demonstra a importância dela para o varejo. Por isso, os empresários devem estar preparados, com boas estratégias de marketing para as suas ações e também com preços verdadeiramente atrativos para esse período tão aguardado pela comunidade”, afirma Cervieri.

Quem não vai comprar

A falta de dinheiro foi o argumento de 37,1% daqueles que disseram que não comprarão durante a Black Friday. Outros 23% declararam que não acreditam nas promoções ou descontos, seguido por 20,9%, que não estão precisando de nada, e de 19%, que têm outras prioridades.

No entanto, esse grupo, quando questionado se algo fosse feito pelos lojistas, 23,2% deles disseram que promoções e descontos atrativos motivariam a ida às compras. Já a facilidade de pagamento é avaliada por 2,8% como interessante.

Quando questionados se acreditam nas promoções, 61,5% deles declararam que não. O executivo da CDL Caxias destaca que esse feedback é importante aos lojistas, para que possam divulgar de maneira mais clara as ofertas.

Já o grupo que pretende gastar menos na Black Friday, 33,9% declararam que é por corte de gastos e 28,6% por não estarem precisando de muita coisa. Outros 19,6% disseram que as mercadorias estão mais caras e não querem gastar um valor maior.

Loja física x online

Cerca de 70% dos entrevistados pela CDL Caxias afirmaram que fazem compras pela internet. Com relação ao local de escolha para a Black Friday, do total de participantes, o comércio virtual de outras cidades teve grande aumento, passando de 3,2% para 16,2%. Os supermercados também tiveram incremento, apesar da tímida participação de 2,5%.

Os principais fatores apontados para aquisição na internet são preço (26,6%), frete grátis (21,5%), reputação da empresa (16,9%), prazo de entrega (10,8%), segurança do canal ou do marketplace (8,5%), prazo de pagamento (8,0%) e cashback (7,7%).

Apesar de ainda representarem mais da metade das escolhas, neste ano a procura de produtos em estabelecimentos do Centro e dos bairros deve ter uma redução de cerca de 10% e 40%, respectivamente, em comparação a pesquisa de 2022.

Para a escolha do local, os consumidores levam em conta, principalmente, o atendimento (atenção, explicações e ajuda para escolher), com 36,8% das respostas. A diversidade e qualidade dos produtos é levada em consideração por 34,3% e os preços, descontos e pagamentos por 14,5%.

“Isso demonstra como o consumidor está atento e pensando em outros fatores, como a qualidade na hora da compra”, completa Cerveri.

Questionados se o comércio eletrônico substituirá a experiência de compra em uma loja física, a maioria não acredita nessa mudança. Para 37,2% o físico possui mais atrativos e outros 33,6% disseram que trocam apenas em alguns itens ou em situações, como é o caso da Black Friday.

“Temos uma expectativa de um resultado positivo para a data. As pessoas estão monitorando os preços e muitas delas comprarão se estiver valendo a pena, caso contrário, podem não adquirir”, finaliza o gerente Administrativo Financeiro.

Sobre a pesquisa da CDL Caxias

A Pesquisa de Intenção de Compras da CDL Caxias do Sul foi realizada com 816 moradores de diferentes pontos da cidade, entre os dias 31 de outubro e 04 de novembro. O levantamento tem índice de confiança de 95% e margem de erro de 5% para mais ou para menos.

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