Quase 36% da população economicamente ativa possui dívidas, aponta pesquisa da CDL Caxias em setembro

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Setembro registra 149,5 mil inadimplentes em Caxias do Sul. Variação em relação a agosto foi de 0,47%, enquanto acumulado de 12 meses registrou alta de 3,18%.

Caxias do Sul contabilizou 149.544 pessoas em situação de inadimplência, em setembro, segundo dados do SPC Brasil, apurados pelo Núcleo de Informações da CDL Caxias. O montante representa 35,6% da população economicamente ativa (a partir dos 15 anos). Na comparação ao mês anterior a alta foi de 0,47%, enquanto em relação ao mesmo período de 2022 houve elevação de 3,19%. Nos últimos 12 meses o aumento foi de 3,18% e o acumulado do ano registrou acréscimo de 0,91%.

A principal concentração dessas dívidas está nos bancos, que somam 63,61% das contas não pagas. Logo na sequência, estão débitos de água e luz (11,67%), no comércio (11,40%) e comunicação (6,48%).

O valor médio das dívidas em setembro de 2023 é de R$ 4.825,10, uma variação de 17,34% em comparação ao mesmo período do ano passado. Os homens representam a maior fatia do valor devido, com média de R$ 5,3 mil, alta de 15,89% frente a 2022. O levantamento identificou que o número médio de dívidas em atraso de setembro 2022 para 2023 apresentou alta de 6%.

Mesmo que o total de inadimplentes em 2023 seja maior do que 2022, Cleber Figueredo, coordenador de Tecnologia, Informação e Inovação da CDL Caxias, aponta que houve uma desaceleração no crescimento identificado no ano passado.

“Esse ano tivemos quatro meses de queda na variação com o mês anterior, o que aconteceu apenas uma vez no ano passado. Se o ritmo de crescimento de 2022 tivesse se mantido, o número de endividados hoje seria bem maior”, destaca.

O público mais endividado na cidade tem entre 30 e 39 anos, o que representa 26,26%, seguido pela faixa etária dos 40 a 49 anos (22,19%) e dos 50 a 64 anos (19,71%). O tempo médio de inadimplência, na maioria dos casos, é de um a três anos. Abaixo de um ano houve queda, com destaque para o prazo de até 90 dias (-7,38%). Figueredo aconselha à população que avalie as causam que levaram ao endividamento e a partir desse entendimento analise alternativas para que a situação não se repita.

“É fato que imprevistos sempre podem acontecer, como desemprego e problemas de saúde na família, por isso é fundamental planejamento e uma reserva de emergência para essas situações”, completa.

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